1p6l1m
Subiu para 19 o número de casos suspeitos de intoxicação pela substância dietilenoglicol em alguns rótulos da cervejaria Backer. O novo boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde informa que 4 casos foram confirmados e os outros continuam sob investigação. A distribuição geográfica dos 19 casos notificados é a seguinte: 12 em Belo Horizonte e os demais em Capelinha, Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa.
As suspeitas na cidade de Itaúna foram descartadas. A Secretaria continuará a investigação epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos, incluindo a emissão de notas técnicas para orientação aos serviços e profissionais de saúde, e divulgação periódica de informações atualizadas à população. A preocupação das autoridades é grande porque 14 dos 15 pacientes com suspeita de intoxicação pela substância estão em estado grave e até com risco de morte. E o número de vítimas pode aumentar, já que a investigação foi ampliada.
O gim e o uísque produzidos pela Backer também entraram na mira das autoridades e vão ar por testes. Caso os exames constatem a presença de elementos tóxicos nos produtos, a Vigilância em Saúde vai pedir o recall dos destilados. Em nota, a Backer declarou que não utiliza água do processo cervejeiro na fabricação do gim e do uísque.
Quanto à origem da contaminação que, segundo a Polícia Civil, pode ser mesmo uma adulteração, fiscais da Vigilância Sanitária de Contagem interditaram ontem a Imperquímica, empresa que fornece motoetilenoglicol para a Backer. O advogado da empresa explicou que a interdição ocorreu porque ela não tem alvará para vender produtos fracionados. E não era por má-fé, segundo ele, simplesmente porque a empresa não sabia.
Ao comentar o vídeo feito por um ex-funcionário ele disse que as imagens mostram apenas a aplicação da técnica de fracionamento. O advogado garantiu que a Imperquímica nunca vendeu etilenoglicol para a Backer.
Foto: Backer/Reprodução